Chegamos ao final de 2008 e a construção da UFRB segue seu curso. Temos muitas vitórias a comemorar e algumas vitórias adiadas a lamentar.
Desde julho de 2006, quando a UFRB iniciou as suas atividades, até o presente (quase 30 meses), implantamos uma série de sistemas corporativos (pessoal, acadêmico, compras e licitações, patrimônio, contratos e convênios dentre outros), realizamos concursos para docentes e técnico-administrativos, iniciamos obras e reformas, adquirimos inúmeros equipamentos, livros e outros materiais, realizamos vestibulares e quatro campi foram constituídos. Oferecemos atualmente 1790 vagas no vestibular em 28 opções de cursos em quatro campi. A pós-graduação já oferece quatro cursos. A pesquisa e a extensão avançam de forma significativa. As políticas afirmativas e assuntos estudantis ganharam a centralidade que o tema merece. Qualquer avaliação minimamente isenta não poderá desprezar o longo caminho que já percorremos nesse período.
Temos realizado um grande esforço para descentralizar a administração da UFRB e particularmente o processo de implantação e consolidação da universidade. Nesse aspecto, dentre outros, avançamos mais do que a maioria das universidades e campi criados na mesma época que a UFRB. A esse poder que conquistamos na definição dos rumos da universidade nascente, corresponde uma grande responsabilidade: o exercício desse poder deve ser acompanhado de reflexões e uma permanente busca por entender profundamente os processos em curso.
Nós, componentes da comunidade acadêmica não estamos acostumados a refletir sobre tais questões. Todo o treinamento que levou à nossa inserção como servidores do sistema federal de ensino superior foi no sentido de nos constituirmos como usuários de um sistema pronto. A opção por trabalhar ou estudar numa instituição como a UFRB exige de nós um esforço adicional para entendermos o funcionamento de toda a engrenagem tecno-burocrática em construção, para assim podermos avaliar e participar desse processo. Tal condição talvez deva ser aceita como compulsória para o nosso bem-estar profissional e porque seguramente afetará a qualidade da instituição que construiremos.
2009 será o ano mais importante para a consolidação da UFRB. Definiremos, até fevereiro, os concursos docentes que permitirão o processo de integralização dos cursos de graduação existentes e os que criaremos em médio prazo. Tais concursos devem ser pensados de modo a permitir a criação de uma massa crítica nas diversas áreas de conhecimento que levem também à consolidação do nosso programa de cursos de pós-graduação. Ampliaremos o nosso quadro de servidores técnico-administrativos e, adicionalmente, planejaremos a estrutura dos nossos campi a longo prazo e iniciaremos um significativo número de obras em todos eles. Finalmente deveremos consolidar a nossa estrutura acadêmico-administrativa num processo que envolva toda a comunidade acadêmica.
Tudo isso requer a nossa participação cada vez mais qualificada em todas as instâncias e dimensões da vida acadêmica por meio da ação crítica, qualificada e proativa (aquela que visa antecipar futuros problemas, necessidades ou mudanças).
A UFRB, o Recôncavo e o povo brasileiro merecem este esforço.
Feliz 2009!
Paulo Gabriel Soledade Nacif
Reitor
Silvio Luiz Oliveira Soglia
Vice-Reitor