Pesquisa da UFRB usa marcador luminescente para detectar adulteração em combustíveis

Pesquisa da UFRB usa marcador luminescente para detectar adulteração em combustíveis

Os pesquisadores Jorge Fernando Silva de Menezes, Rodrigo Galvão dos Santos, Sidnel Souza Nascimento e Andrei Marcelino Sá Pires Silva, vinculados ao Grupo de Pesquisa de Materiais Fotônicos, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), assinam o processo de obtenção da Patente de Invenção (PI) do “Marcador luminescente para detecção de adulteração em etanol combustível e gasolina”, requerida no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no último dia 08 de agosto. 

O depósito do pedido da patente de invenção foi realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação, Criação e Inovação (PPGCI), por meio de sua Coordenação de Criação e Inovação (CINOVA). 

A invenção do Grupo de Materiais Fotônicos do Centro de Formação de Professores (CFP) acontece a partir do uso de complexos fluorescentes derivados de beta-dicetonatos de íons terras raras (TR) (TR[ßdicetona]3.2H2O) como marcadores em etanol combustível e/ou gasolina comum e aditivada, com intuito de detectar adulterações.  

Os marcadores são produtos químicos inertes, presentes em pequenas quantidades, que permitem rastrear e identificar a origem e a qualidade dos combustíveis sem alterar as suas propriedades físico-químicas. Estes produtos são utilizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para marcação de solventes e, pelas empresas distribuidoras de combustíveis, para identificação de seus combustíveis. 

Segundo o professor doutor Jorge Fernando Silva de Menezes, líder do Grupo de Pesquisa de Materiais Fotônicos, a patente da UFRB é diferente das outras existentes no mercado, por rastrear e monitorar a qualidade do etanol, da gasolina comum e da gasolina aditivada, que têm composições químicas distintas e teor de etanol adicionadas as mesmas, diferentes. 

“Existem marcadores e patentes que falam só do rastreamento do processo de adulteração do etanol combustível, nós fomos além”, disse o pesquisador. 

Para o professor Jorge Fernando Silva de Menezes, a patente da UFRB dá visibilidade a um “trabalho de pesquisa que começa em 2010 e estabelece que a UFRB é forte e é um celeiro de ideias que podem ajudar a sociedade; a gente já começa a mostrar que pesquisa está diretamente ligada às necessidades da sociedade e do mundo”.  

A contribuição da pesquisa é para combater os combustíveis adulterados que fazem com que os veículos automotores tenham uma vida útil menor, influenciam na performance e desempenho nas estradas. 

A qualidade dos combustíveis é definida por um conjunto de características físicas e químicas previstas nas Normas Brasileiras e Métodos Brasileiros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e de normas da American Society for Testing and Materials (ASTM), como o percentual de etanol presente em cada combustível, densidade e cor do mesmo.  

As especificações estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), conforme a lei nº 9.478/1997 determinam valores limites para essas características, de modo a assegurar o desempenho adequado dos combustíveis.  

Impactos ambientais e econômicos 

Os níveis de adulteração de combustíveis no Brasil causam enormes impactos ambientais e econômicos, em decorrência de prejuízos no desempenho dos motores em veículos automotivos, aumentos das emissões de gases poluentes e de sonegação fiscal na arrecadação de impostos federais e estaduais. A fraude nos combustíveis é geralmente detectada nos postos de revenda, onde, podem ser adicionados solventes de menor custo aos produtos. 

PATENTEDEPOSITO

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