O Pinhão Manso, matéria prima para biocombustível, é pesquisado na UFRB

Pertencente à família das euforbiáceas, onde também se encontram a mandioca (Manihot esculenta), a mamoneira (Ricinus communis), a seringueira (Hevea brasiliensis), a faveleira e o cansanção (Cnidosculus), o pinhão foi inicialmente incluído em outros gêneros, gerando algumas sinonímias (Castiglionia indica A. Rich.; C. lobata R. et P.; C. purgans Endl.; Curcas adansoni Endl.; C. curcas Britt et Millsp.), sendo tratado dentro de Jatropha por alguns autores (Jatropha acerifolia Salisb.; J. condor Wall.; J. molucanna Wall.).
O grande interesse nesta espécie atualmente destaca-se por se tratar de uma cultura perene, sobrevivendo por mais de 40 anos, não sendo necessário o replantio como acontece com o amendoim, soja e mamona. Além disto, é elevado o potencial de sua exploração em consórcio com milho, amendoim, girassol e algumas variedades de feijão, sendo possível conciliar a exploração dos biocombustíveis com a agricultura familiar. Com a possibilidade do uso do óleo do Pinhão Manso para a produção do biodiesel, abrem-se amplas perspectivas para o crescimento das áreas de plantio com esta cultura no semi-árido.
Apesar de apresentar-se como uma importante ferramenta na mudança da matriz energética brasileira, ainda são raras as pesquisas voltadas para a cultura do Pinhão Manso.
Na UFRB o trabalho está sendo desenvolvido pelo professor Paulo Cezar Lemos de Carvalho e três estudantes sob sua orientação: Edson da Silva de França, do sexto semestre, Jazon Ferreira Primo Junior, do oitavo semestre e José Luis Linhares, do quarto semestre.
O Pinhão Manso está sendo cultivado em uma área experimental do curso de Agronomia. Dentro de um mês, os pesquisadores terão resultados dos primeiros experimentos.
